sábado, 15 de março de 2014




Começou o dia da Mulher (08/03). Algumas mensagens irritantes e hipócritas. Escrevamos algo mais autoral para refletirmos sobre a condição subalterna e invisível que se constrói essa mulher na sociedade. Pensemos sobre a mulher-objeto fabricada nos anúncios televisivos de cerveja e/ou nos programas de auditórios. Questionemos os discursos que reverberam o machismo falocêntrico e sexista que às vezes aprovam o estupro simbólico além do físico. A mulher deve ter o direito sobre a sua vulva, sobre o seu corpo. Aliás, as suas escolhas devem ser pautadas pelo seu direito ao prazer, ao gozo, muitas nem sabem o que é isso. Que a mulher possa decidir ser o quiser sem a imposição social da procriação. A mulher deve ter nome e sair do privado a que foi imposta desde há séculos. O homem tem o direito ao público, ao pênis eretus em sua forma mais sexualizada. A mulher? Não. Foi construída como um ser castrado que falta algo que a complete. Não, definitivamente ,não.Não creio nesse dia da mulher em que algumas mulheres discriminam aquelas que gozam, sentem prazer e querem o direito sobre os seus corpos. Dia da mulher? Quem sabe no futuro próximo em que não se faça necessário um 'testículo-protesto' como esse. Almejo que esta mulher seja liberta das amarras que se localizam no tempo e na história para que se sinta emancipada e transforme o mundo social.

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