quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O Direito ao gozar sem repressão!




Há muito tempo as mulheres estão sendo violentadas nos seus direitos em exercer as sexualidades como convêm. Eu, ao passo que sou estudante de alguns campos teóricos relacionados às sexualidades, gênero e discurso e um cidadão consciente de seus direitos e deveres sociais, abomino a amputação de direitos às sexualidades, ao exercício destas como direito à sua plenitude. As mulheres, embora os mais conservadores não creem, têm o direito de se relacionar com homens, mulheres e/ou outras identidades para gozarem, amarem ( caso queriam). O gozo não pode circunscrever somente ao lado do (hetero)normativo, do instituído e aceito como "normal", mas, o gozo pode e deve fazer parte de todas as identidades que são "anormais"-fora da norma. O gozo-ar não pode ser algo que está fadado ao fim do "ser homem", do " ser macho, mas, o gozo-ar pode e deve circundar as intersecções que permitem vivenciar as sexualidades no meio e fora do centro. Subverter esse centro significa dizer que, na maioria das vezes, contestamos aquele que domina e determina o modelo a ser seguido para viver as sexualidades, negamos o esquadro que anseia tornar "cor-reto" as sexualidades alheias.Dito de outra forma, refuto toda forma de insubordinação e opressão da outridade alheia, nego que as sexualidades possam ser controladas por discursos e práticas aceitas pela sociedade, ainda que saiba que são controladas, policiadas e governadas para a docilidade . Sinto-me indignado em relação aos homens machistas e porque não, algumas mulheres ( puritanas-machistas) que não gozam, não sabem o que é sentir prazer, a não ser, quando, de forma insubordinada, transam com os seus maridos para procriação porque foram ensinadas desde o útero materno o que é "ser mulher" e qual deve ser o corpo governado dessa mulher para ser boa, pura e dócil. Assim, o mito do sexo para procriação é tratado como se fosse a causa única de ser e estar no mundo no cumprimento de papeis sociais. Nesse sentido,na medida em que controlamos o sexo dos outros e o policiamos, governamos os seus corpos e assim, concordamos com o apagamento desses corpos, corpos sociais mutilados, desejos invisíveis e negligenciados por uma lógica perversa que se perpetua desde milênios. Ou seja, todo esse respaldo social serve para dominar e legitimar as práticas sociais hegemonicamente machistas que excluem a diversidade humana no uso do atributo afetivo-sexual. Não podemos concordar com o retrocesso, as mulheres, os gays, as lésbicas, as transexuais, as travestis e outras identidades de gênero têm o direito de gozarem e não serem ridicularizad@s na mídia, na sociedade, nas redes sociais, porque gostam de sexo, gostam de vivenciar o direito ao prazer que durante séculos foram negados..