Para que complicar a vida? A receita é clichê mas está valendo: menos dívidas, mais simplicidade, poucos amigos ( verdadeiros) e muita vontade em ser você mesmo,são atributos para dormir com certa tranquilidade, sem perda de identidades ( rimou). Afinal, num mundo em que somos forçados a ser iguais: iguais amig@s, iguais namorad@s, iguais consumidor@s, iguais professor@s, iguais vizinh@s, iguais filh@s, iguais alun@s, iguais pais e mães, iguais, iguais... É, esse mundo de "iguais" nos impõe a dificuldade em sermos diferentes. Quando olho os rostos na rua, vejo somente exigências e modelos impostos, vejo "coisas" plastificadas pelos modismos ,status social, et cetera e tal. Vejo muitos seres etiquetados e poucos "Seres diferentes"... Quero ver pessoas com menos artefatos superficiais,quero sentir pessoas palpáveis, comer de suas experiências e aprender que o mundo e a vida só faz sentido quando saio de meu "mundinho particular", egoísta e individualista e rumo aos espaços mais amplos da vida trocando experiências. A vida faz sentido quando percebe-se que ao final da manhã, da tarde ou da noite, alguém lembrou de sua existência e realçou a devida importância, seja numa conversa, num gesto, num olhar, num sorriso, num café ( que adoro!). O mundo não precisa de pessoas que só querem ser "coisas etiquetadas". O mundo precisa de pessoas que queiram dispor de seu tempo para o outro e que nesse processo de troca e busca queira somar na vida do outro !!! Bonsoir a tod@s!!!
terça-feira, 19 de março de 2013
quinta-feira, 7 de março de 2013
MANIFESTO AO direito de ser mulher na
sociedade hodierna
Queremos que as mulheres tenham um espaço na sociedade.
Que amem, produzam, (des)construam e que também não amem, não produzam, caso
não queiram, afinal, desejamos que estas tenham o direito de querer ser ou não,
o que bem quiserem. Esperamos que a mulher não seja conspurcada por um
machismo, que às vezes teima em imperar em seus discursos e práticas; fruto de
séculos de dominação, de controle, de invisibilidade, de mutismo, de governo
(auto)disciplinador, que ainda se faz presente nas suas relações com o mundo. Esperamos
também que a mulher, não seja lembrada somente em "datas pedagógicas”,
como aquelas que se vivenciam nas escolas da vida contemporânea: dia do índio,
dia do negro, semana contra o Bullying, dia do, dia da, dia... dia...dia. Só
dias... Estas merecem ser lembradas diuturnamente, pois, como todo sujeito
social crítico, anseia sair das amarras ideológicas que são promovidas pelas
narrativas patriarcais. Querem ser reconhecidas, respeitadas e valorizadas em
sua(s) diversidade(s). As narrativas tecidas devem ser desestabilizadas num
processo problematizador sobre o que fomos, somos, ou o que podemos ser nesse “mundo
em descontrole”. Aspiramos que as mulheres sejam donas de suas vidas, que não sejam
violentadas discursivamente pelas práticas naturalizadas insossas que as
colocam em lugares menores ou frágeis ou numa evocação freudiana como “aquela
que falta uma parte amputada/castrada” que o homem completa. Pretendemos que o
“masculino genérico” (tão propagado em nossa sociedade) promotor de um
apagamento social que desaparecem e violentam as suas identidades de forma sutil;
veículo perverso de semânticas negativas oriundas do falocentrismo seja posto
em derrubada! Assim, semelhante ao processo antropofágico, tomamos uma atitude
subversiva e transgressiva da linguagem, através do processo de comer e
deglutir, reivindicamos mediante a regurgitação, toda a forma de opressão e
violência simbólica instituída ao que remete à construção social do feminino.
Queremos que o “feminino” não seja construído a partir de um dado modelo.
Ambicionamos que a mulher seja o que quiser ser sem imposição sociodiscursiva
do que é aceito ou não como “feminino”. Mulheres, desconfiem dos gestos
silenciosos de candura que são plasmados nas relações contemporâneas, na
maioria das vezes são impingidos de intolerância, falocentrismo, binarismo,
sexismo, misoginia e muito machismo. Pensem! Reflitam! Proponha uma nova ordem,
a ordem de questionar os modelos e os heróis ensinados desde crianças para as
crianças e para nós. Vivemos a era anti-heroica em que os modelos e os
paradigmas devem ser postos em desconstrução! Novas narrativas devem ser
contadas pelo outro lado da história, permitindo que outros estrangeiros de “seu
próprio mundo” tenham a oportunidade de emergir do “não dito” abissal da
macheza normativa. Avant-garde, mais 156 anos em que mulheres buscarão ser
ouvidas, empoderando outras vozes e outras narrativas, numa busca inconstante
para abandonar os “ditos” e os “não ditos”, a ganância obtusa, e a
intencionalidade de alguns em diminuí-las (para assujeitá-las). Mulheres,
apareçam, queremos vê-las!!! Sejam melhores, ainda que no mundo das fronteiras.
Estar na fronteira é ir ao encontro de algum lugar, é estar em trânsito entre o
que é ou o que pode ser! Busquem tornar-se emancipadas, políticas e autônomas. Posicionem-se
na vida e para a vida!
Viva o Dia Internacional da Mulher!!!
Anápolis, 07 março 2013.
by Aldo Fernandes.