quinta-feira, 6 de setembro de 2012






CADÊ O POTE DE OURO?

As pessoas estão cada vez mais inseguras quanto ao contexto  contemporâneo em que vivem. Embora, dizem algumas, que estão solitárias e querem encontrar alguém para uma possível relação , não estão preparadas para tal empreitada. Não estão preparadas pois, busca-se no outro aquilo que não tem em si, como forma compensatória de preencher lacunas... Com um olhar mais atento, não precisa de acurada visão, percebe-se que muitos estão no discurso do "politicamente correto", que aceita a diversidade, e diversidade aqui nesse texto pressupõe toda e qualquer forma de expressão humana (classe socioeconômica, etnia, sexualidades, etc.), mas que na prática isso não se verifica. Numa sociedade que valoriza uma beleza imposta, construída e fabricada por uma hegemonia ditadora , verifica-se que os  os sujeitos são tidos como "zumbis", devoradores de carnes humanas putrefatas/coisificadas. Não estando satisfeitos nunca, posto que a fome é insaciável, busca-se outros , outros, outros, e descarta-se os "restos" como forma de afirmar que se constrói uma nova ordem social. Um dos requisitos mais exigidos na atualidade , pelo que se observa na lógica televisiva,discursiva, social e Capitalista, é que o  "objeto carro" tem um grande construto de poder , como se fosse um mundo à parte do externo mundo dos mortais,  o/a homem/mulher belo/a(?),magro,branco/rico e com carro ( de preferência que não seja o 'popular' )são tidos como seres superiores.Assim, tenho carro , cada vez mais potente com velocidades exorbitantes que nunca posso usar nas rodovias, tenho um "universo particular" que tira-me da apatia que vivo no mundo cotidiano. Por isso, o discurso do utilitário-completo. Nesse sentido, não possuir carro é dizer socialmente que não se é detentor de "status" ,de amigos, de namorados/as,de PODER. Logo, não merece  participar do espetáculo que a vida pós moderna exige: aparecer sempre! Pensemos nas maneiras impostas de ser/estar que a sociedade caminha e reflitamos sobre o que as pessoas representam em nossas relações:são coisas, mercadorias, objetos líquidos, ou estão aqui conosco para somar e construir  algo que valha a pena através da existência humana que é singular singular? Encontremos o nosso pote de ouro através dos valores  humanos e  éticos para  que não  percamo-nos no  vácuo do tempo...Luz!!!

by Aldo Fernandes ( texto publicado no facebook no dia 06/09/12)

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