quarta-feira, 29 de agosto de 2012




A BUSCA...
Cansei de procurar você. Relutei para não esperar por você. Olhava rostos, via-os como a mim mesmo. Não gostava do que divisava. Os rostos eram a minha forma, as minhas dúvidas, medos; a minha face. Queria sair dali. Não conseguia. Estava enclausurado à minha memória, naquele monte de lembranças, pessoas, sentimentos faziam parte de mim. Rancores prendiam-me... Acordem-me, chamem-me de volta para o mundo da superfície, da ilusão. Aqui onde estou é muito profundo, sinto dores, sufoco... O mundo real que estava na submersão não me agradava, não gostei. Alguém me tire daqui, arranca-me, imploro! Estou preso por redes invisíveis... Que redes são essas? Elas me enlaçam... Onde estou? Quem sou? Não sei. Perdi-me entre os que conviveram comigo. Queriam que fosse alguma coisa que almejavam, projetavam... Lembrei-me. Morri. Fim.
by Amun

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