sexta-feira, 1 de agosto de 2014

AUGUSTUS


Vens, abraça-me com o seu hálito seco.
Inebrie as minhas narinas e queime-as.
Faça-me sentir as ventanias acalentando as minhas ruborizadas faces.
Traga-me o fim da frialdade d’alma...
Assombrações que balançam as redes,
roguem as preces que mitigam a dor da vida
Oh, Leões e Virgens!
Feras e brandas entidades,
visitem-me entre o fogo e a terra.
Adorada Lua, morada astral das Musas.
Lava-me as impurezas torpes.
Venerado fogo, metamorfoseado em Uirapuru.
Assobie em meus ouvidos como pássaro humano.
Encante a minh’alma e afasta- me da soledade.
Venha Augustus,
preciso de ti.
Dias e dias, até trigésimo primeiro dia.
Aziago, tempo de (des)gosto.
Oitavo mês do ano, período do agosto.





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