Embalaste a doce noite que descansa o
meu corpo.
Devaneios, aparições e prisões os meus
sentidos registraram.
Havia um anjo de asas abertas que
protegia o meu universo onírico.
Era um meigo e moreno ébano, cujos
respingos cintilavam a minha retina.
O seu corpo era esguio e doce como o
pau-canela.
O seu olhar era tímido e sensível como o
aroma de anis...
Oh, Moreno doce!
O teu sopro aqueceste o meu corpo.
Venhais das abissais e inconscientes cobiças
e materializa o meu desejo...
Libertai-me deste corpo enrijecido de
carne.
Alforriai-me das paixões terrenas.
Corpo, Alma, ardor e amor...
Anjo nobre desperta este torpor.
Quero ser o híbrido entre o humano e o
etéreo.
Mesmo que isso seja para muitos um
despautério.
Almejo ser o profano que toma em seus
braços o sagrado,
meu delicado Angelus de Ébano.
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